sábado, 3 de agosto de 2013

Os benefícios do Pilates na gestação

Pilates para Gestantes
Uma gestação normal tem a duração de 38 a 42 semanas. O primeiro trimestre a mãe já começa a sentir os sintomas da gravidez: alterações emocionais, aumento do tamanho e sensibilidade das mamas, amento da diurese e do cansaço, desidratação, alteração da temperatura corporal, câimbra muscular, podendo sentir também náuseas e vomitar.
Já o segundo trimestre é uma fase em que a gestante se sente muito bem, com mais disposição que antes. É o período em que a barriga se torna visível e a mulher começa a sentir os movimentos fetais entre a décima nona e vigésima semana. Devem evitar ficar muito tempo em pé, pois as gestantes podem ter problemas de equilíbrio. É indicado começar trabalhar mais os músculos da região da cintura escapular nesse período.
Nos últimos 3 meses surgem os maiores desconfortos para a gestante: falta de ar, dificuldade para encontrar uma posição para dormir, constipação intestinal, micção frequente, inchaço nos pés e pernas, dores na região lombar. A partir do sétimo mês as contrações se tornam regulares.
Ao final da gestação os músculos abdominais estão em seu limite de extensibilidade fazendo com que sua origem (crista ilíaca e sínfise púbica) e inserção (cartilagens da quinta, sexta e sétima costelas e processo xifóide do externo) fiquem mais afastadas do que o normal.
Por meio da atividade física, a gestante poderá diminuir as diversas dores de origem musculoesqueléticas, em razão do fortalecimento de músculos fracos e alongamentos de músculos tensos, levado a uma postura mais adequada. O exercício aumenta o gasto energético controlando o peso corporal da gestante, evitando uma maior sobrecarga articular em virtude de um peso corporal excessivo.
No caso de uma grávida sedentária, ela deverá iniciar um treino de atividade física após o terceiro mês, pois é quando o bebê está quase que totalmente formado. E uma grávida ativa não precisa esperar até o terceiro mês, com a liberação médica o trabalho é continuado.
O Pilates respeita o grau de condicionamento físico do aluno e, por isso, é possível realizar variações nos exercícios que podem adequar-se para o iniciante, intermediário e avançado. Durante as sessões também não encontramos contra-indicações. No entanto, durante a execução do exercício, consideramos várias limitações, por exemplo, caso o aluno esteja com alguma dor, problema de coluna e até mesmo no caso de gravidez. Em todas essas situações, adaptamos a aula para que os objetivos do aluno sejam atingidos.
Veja como é a postura da gestante:
- Cabeça anteriorizada
- Rotação interna dos úmeros
- Músculos peitorais encurtados e fortes
- Músculos dorsais fracos e alongados
- Músculos abdominais estirados
- Hiperlordose
- Sacro nutado
- Musculatura lombar e flexora do quadril curta e tensa
- Rotação lateral dos fêmures
- Hiperextensão dos joelhos
- Peso do corpo para o calcanhar
Pensando nessa postura começamos a ver como o Pilates se torna importante no período gestacional. Um dos benefícios com a aula é o fortalecimento muscular equilibrado de todo o corpo, aplicando exercícios para diversas musculaturas (tronco, pernas, quadril, braços e em diferentes posições). Estima-se que existam mais de 500 variações de exercícios no Pilates.
Além disso, o método resgata a importância da respiração correta. Devido à vida agitada, estresse diário, entre outros fatores, as gestantes passam a respirar mais rápido e de forma incompleta, ou seja, o ar não chega a atingir a parte inferior do pulmão, região onde as trocas de oxigênio são mais eficientes. 
Cuidados durante a prática do Pilates na gestação:
- Exercícios com movimentos repentinos ou saltos.
- Evitar exercícios em decúbito dorsal por mais de 3 minutos após o quarto mês, evitando a síndrome hipotensiva sintomática em decúbito dorsal (o peso do bebê pode comprimir as vias de circulação sanguínea como a aorta e veia cava inferior, dificultando o retorno venoso da mãe e do bebê), preferir decúbito dorsal apoiando os cotovelos no chão.
- Exercícios de muito contato físico, competitivo, com bolas.
- Flexão ou extensão excessiva de qualquer segmento corporal, já que o corpo da grávida está sob o efeito progressivo da relaxina evitamos assim o aumento da instabilidade da gestante (nesse caso dar mais atenção na ação dos multífidos e transverso do abdômen).
- Observe o uso excessivo dos adutores (pode causar cisalhamento no púbis).
Dentre algumas vantagens estão também:
- Fortalecimento da parede abdominal; diminuição das tensões geradas nos músculos.
- Fortalecimento dos músculos dos membros superiores para futuramente carregar o bebê e ajustar o corpo ao aumento de peso e volume das mamas.
- Mobilização da coluna lombar, que perde sua curva natural durante a gestação, aliviando assim as dores.
- Fortalecimento da musculatura das pernas, aumentando a circulação sanguínea.
- Melhora no sono, na concentração e toda a mecânica respiratória.
- Conforme a mãe controla melhor o seu peso, praticando Pilates, o crescimento do útero e do bebê será adequado, além de receber endorfina (hormônio do relaxamento) que contribui para o bem estar dele.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Mito ou Verdade: posso pegar doenças no vaso sanitário?
(Por Drª Ana Escobar)

Entrar em um banheiro sujo é muito desagradável e fica sempre a dúvida se podemos pegar alguma doença. Entenda: a tampa do vaso pode estar contaminada com vírus ou algumas bactérias intestinais da pessoa que usou antes. Ao tocarmos, podemos trazer estas bactérias para nossas mãos, que se não forem lavadas, levam facilmente estas bactérias para a boca. Aí isto pode virar uma infecção intestinal. Outra possibilidade: se houver algum machucadinho na pele e o vaso sanitário estiver contaminado, podemos contrair alguns vírus como HPV ou herpes, por exemplo. Tudo isto também pode acontecer em um vaso "aparentemente" limpo. Portanto, é VERDADE. O vaso sanitário pode transmitir doenças.





terça-feira, 11 de junho de 2013

A Aninha Baby preparou um sorteio para seus clientes e amigos que curtirem a página da Loja no Facebook.


Vá até o link da loja https://www.facebook.com/pages/Loja-Aninha-Baby/329305377170836?fref=ts, clique na aba Promoções e pronto. É só seguir os passos e torcer para ser o sortudo da vez.




ALMOFADAS DE AMAMENTAÇÃO - NA "ANINHA BABY" TEM!


Além de decorativa, a almofada (que normalmente tem formato de "u") pode ser utilizada em várias fases da vida do bebê.

Nos primeiros meses, serve para deixá-lo numa altura ideal e segura para mamar. Também evita que a mãe fique inclinada, causando dores nas costas, nos braços e no pescoço. Depois da mamada, é possível colocar o bebê para descansar sobre a almofada.

Quando está maiorzinho, a peça ajuda a criança a ficar mais tempo de bruços, auxiliando no fortalecimento dos músculos do pescoço e das costas. Aos 9 meses, quando aprende a sentar, a almofada pode ser utilizada como uma poltroninha.

Viram quantas utilidades?! Ah, ela também é ótima para viajar e apoiar a cabeça! É uma almofada para a vida toda! rsrs



segunda-feira, 3 de junho de 2013


COMO ORGANIZAR O CHÁ DE BEBÊ EM 10 PASSOS

Veja algumas dicas práticas para organizar um chá de bebê.
1)       Defina o tipo de festa:
Hoje em dia pode ser chá de bebê tradicional (com lista  de presentes variados para o bebê), chá defraldas (no qual todos os presentes são fraldas, mais fácil para as convidadas e para as mamães que já fizeram enxoval completo) ou chá de body (no qual as convidadas fazem durante a festa bodies personalizados de presente!)
2)       Defina a data e o local:
O ideal é que o chá de bebê aconteça no 7º mês de gravidez (6º se for de gêmeos). Defina um sábado ou domingo para que aconteça a festa e também o local, que pode ser sua casa, jardim, salão de festas do prédio.
3)       Convide alguém para ser a organizadora oficial:
Pode ser a irmã, prima, a própria mãe da grávida ou melhor amiga. Informe sua organizadora sobre as suas expectativas da festa: quer brincadeiras ou não, quer que os homens participem ou não, quer algo íntimo e simples ou uma grande festa, se pode ter bebida alcoólica ou não. Converse também sobre quem irá arcar com as despesas, se a própria grávida ou se a comissão organizadora pode ajudar ou não com os custos de decoração, comes e bebes. Pelo menos o local, fotógrafo (se houver) e lembrancinhas são sugeridos que seja por conta da grávida. Em geral a festa dura 3 horas, para não se tornar cansativo para a querida grávida homenageada.
4)       Lista de convidados:
Defina quantas pessoas cabem no local definido para a festa, afinal é importante que tenha conforto e lugar para todos. Número de convidados definido, pense nas pessoas mais próximas que você gostaria de dividir este momento de felicidade entre familiares e amigos. É a grávida quem deve fazer a lista de convidados e passar a relação para a comissão organizadora convidar.
5)       Defina o tema:
Tudo fica mais fácil quando um tema é definido! Você vai conseguir escolher tudo – decoração, bolo, lembrancinhas, convite – de forma mais eficiente seguindo um tema. O tema pode simplesmente ser uma cor, como por exemplo tudo amarelo, pode ser sutil, como tudo com bolinhas, ou pode ser temático de verdade como tema ursinho, coruja (mãe coruja, adoro esse tema!), boneca de pano, o que você quiser.
6)       Envie os convites:
Para o chá de bebê é aceitável convite tanto físico como virtual. Informe o evento (chá de bebê), nome do bebê, nome da mamãe e papai, data, local, horário de início e fim (como não é uma festa muito longa, é importante informar o horário de término para não correr o risco de ter convidados chegando ao final). Pode ser colocado o contato da organizadora, caso a convidada tenha dúvidas. Envie o convite entre 30 e 20 dias antes da data do evento.
7)       Estipular o presente no convite ou não?
Eu particularmente voto em não, afinal imposições nunca são bacanas. A lista de opções de presentes deve ser definida pela grávida (só ela sabe o que gostaria ou precisa ganhar) e informada para a pessoa que está ajudando na organização do chá. Acho melhor colocar o local ou site da lista de presentes no convite, e cada convidada escolhe o que presentear. Se a opção for por chá de fraldas, fica mais fácil, todos os presentes serão fraldas e pronto.
8)       Defina os comes e bebes:
Pense em coisas fáceis de servir, como mini sanduíches e canapés. Assim você não irá precisar se preocupar com muitos garfinhos e pratinhos. Opções como mini sanduíches, canapés, mini quiches, cupcakes tem outra vantagem: você pode montar na mesa antes do início da festa e não precisa se preocupar mais. Evite alimentos que requerem preparar, esquentar, montar na hora, a não ser que você tenha uma equipe de copeiras para isto. Caso não tenha, seja quem for que esteja organizando o chá, é sempre mais elegante e mais gostoso a pessoa ficar entre as convidadas se divertindo do que correndo na cozinha para esquentar algo, pense nisto! Equilibre opções de “guloseimas” com opções saudáveis também, faz bem!
9)       Brincadeiras:
Na minha opinião, não são obrigatórias. A verdade é que hoje em dia, com a correria de todo mundo, é tão difícil conseguir juntar todas as amigas que quando isso acontece, o legal é aproveitar o tempo para conversar, rir, se abraçar. Um chá de bebê não precisa ter brincadeiras, pode ser apenas um pretexto para reunir as amigas em homenagem à grávida, ajudá-la com o enxoval presenteando com um item e comemorar. Mas se a grávida faz questão do ritual das brincadeiras, pode ter! A mais tradicional é adivinhar o presente recebido e se errar, deve acatar ao castigo escolhido pela organizadora. Outra brincadeira gostosa é cada convidada levar uma foto de quando ela era bebê ou criança, e a grávida ter que adivinhar quem é!
10)   Defina as lembrancinhas:
Não é obrigatório, mas já que a convidada foi até sua casa e levou um presente, é sempre educado retribuir com uma lembrancinha. Evite “bobeirinhas” com o nome do seu filho impresso, por mais fofo que seja sempre irão para no fundo da gaveta ou lata do lixo. Pense em lembrancinhas comestíveis como um cupcake, uma latinha de cookies, biscoitos decorados. Ou em algo que seja útil.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

SAC para tirar dúvidas sobre a gravidez?


  • Paola Saliby/UOL
    Como seria se existisse um SAC materno que pudesse tirar minhas dúvidas e ouvir minhas críticas e sugestões
    Como seria se existisse um SAC materno que pudesse tirar minhas dúvidas e ouvir minhas críticas e sugestões
Às vezes eu fico imaginando como seria se existisse um SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) materno que pudesse responder dúvidas e ouvir críticas e sugestões.

–´Bom dia, senhora. Em que posso ajudar?

– Bom dia, é o seguinte: já tem um tempo adquiri um pacote de serviço de vocês e logo depois fiz o upgrade para o combo duplo, sabe?
– Positivo, dona Mãe. Pelo seu cadastro, a senhora possui em sua residência dois exemplares: um modelo 20.05 e outro 20.07. Correto?

– Isso mesmo. Até agora tudo andava dentro dos conformes. Sei que a assinatura dá direito a apenas duas horas ininterruptas de sono por noite. Também estou ciente dos quilos a mais e da oscilação hormonal antes, durante e depois do evento "gravidez". O fato de que não é possível fazer troca ou devolução dos modelos nem me preocupou muito porque o pacote de risinhos e fofuras que vocês entregam realmente é toda aquela lindeza que eu vi na propaganda.

– A senhora pode intensificar o relacionamento conosco encomendando o novo exemplar 20.13/14. Se decidir agora, posso garantir um bom desconto.

– Não é bem isso... Lendo e relendo o contrato que assinei com vocês, em nenhum lugar estava escrito que, depois de um tempo, devido ao desgaste e uso intenso da relação, estaria correndo o risco de me tornar "A Chata"!

– Senhora, estou verificando no sistema e esse status é incompatível com a função mãe.

– Mas então é melhor fazer a atualização disso aí porque é essa a mensagem que eu venho recebendo toda vez que peço para fazerem as tarefas rotineiras: tomar banho, jantar, escovar os dentes, dormir, acordar. Agora, quando eu falo que tem de fazer a lição de casa, é o pior... Como eu posso conviver com caras feias e injúrias como "a mãe do meu amigo é mais legal do que você"?

– Ah, mas mandar fazer a lição de casa é opcional. Isso só precisa se quiser o upgrade do modelo.

– Mas quem não quer um modelo mais esperto, minha filha?! Olha, se eu tivesse sido informada da remota possibilidade de ter de ser a portadora de tanta chatice, nunca teria fechado esse negócio com vocês, não!

– Certo. Gostaria de agendar a visita de um técnico para fazer a vistoria?

– Não, quero saber o código para ativar a mãe legal em tempo integral.

– Desculpe, mas essa função não está disponível para você nessa fase. Peço que a senhora retorne a ligação daqui a algumas décadas –duas, mas o mais prudente seria esperar três– e voltamos a estudar a sua solicitação. Obrigada pelo contato.

Se realmente existisse esse serviço, colega materna, você ligaria para falar o quê?

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Orientações sobre a alimentação de bebês mudam ao longo do tempo


  • Joyce Hesselberth/The New York Times
    Ingestão precoce de alimentos sólidos pode estar relacionada com sobrepeso no futuro
    Ingestão precoce de alimentos sólidos pode estar relacionada com sobrepeso no futuro
Qualquer um que já tenha cuidado de um bebê sabe que é fácil se preocupar com o que entra –com o que alimentamos a criança– e pensar no que sai com uma espécie de fascínio, como se a fralda escondesse mensagens e presságios.

Os alimentos que damos aos bebês refletem nossas crenças e tradições familiares, nossa origem cultural e circunstâncias de vida. Mas também dizem respeito a considerar as orientações de um bom número de especialistas, de pediatras e até de nutricionistas e alergistas.
Essas orientações, em alguns casos, mudaram drasticamente ao longo do tempo. Mesmo que os cientistas insistam em enfatizar a importância da amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida, hoje eles também reconhecem que pode haver vantagens em expor uma criança de mais idade a alguns alimentos sólidos específicos que antes eram proibidos.
A Academia Americana de Pediatria sugere a amamentação exclusiva –nenhuma fórmula infantil, nenhum outro alimento de qualquer espécie– durante os primeiros seis meses de vida, e a continuação da amamentação por, pelo menos, um ano. Outras diretrizes sugerem que não se dê alimentos sólidos aos bebês de quatro a seis meses de idade, e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças publicaram recentemente um estudo que mostra que muitos pais não têm nem mesmo esperado até os quatro meses.

"A primeira coisa que me surpreendeu foi que a prevalência da introdução de alimentos sólidos antes dos quatro meses era de 40%", disse Heather Clayton, epidemiologista e autora principal do estudo. "As mães que davam fórmula infantil aos seus bebês se mostraram muito mais propensas a introduzir alimentos sólidos cedo do que as mães que apenas davam de mamar aos filhos."
Muitas mães disseram que simplesmente achavam que o seu bebê já tinha idade suficiente para comer alimentos sólidos. Entre as outras razões alegadas, foi citado o desejo de ajudar o bebê a dormir. Essa crença é regularmente mencionada no consultório pediátrico. Posso lhes dizer, no entanto, que pesquisas que investigaram se o cereal para bebês ajuda os pequenos a dormir não revelaram nenhum benefício.
Médicos e nutricionistas citam preocupações com a predisposição de crianças pequenas para digerir alimentos sólidos. Também pode haver ligações com problemas de peso posteriores. De acordo com os resultados de uma pesquisa realizada em 2011, bebês alimentados com fórmula infantil que começaram a ingerir alimentos sólidos antes dos quatro meses de idade se mostraram mais propensos a serem obesos aos três anos.
"A sabedoria médica sobre a alimentação infantil mudou ao longo do tempo. No início do século 20, os pais foram aconselhados a não introduzir alimentos sólidos até cerca de nove meses", afirmou Amy Bentley, professora adjunta de ciência dos alimentos da Universidade de Nova York, que está trabalhando em um livro sobre a história da comida para bebês nos Estados Unidos.
"Já na década de 1950, alguns especialistas recomendavam que os bebês começassem a ingerir alimentos sólidos com quatro a seis semanas de vida", disse Amy. Essa orientação estava ligada à ideia de que os alimentos para bebês que estavam sendo comercializados, como a fórmula infantil, constituíam um método mais moderno, científico e seguro de nutrição infantil.
Assim como ocorre atualmente, naquela época "os médicos reclamavam que as mães faziam apenas o que queriam e não os ouviam de fato".
No que diz respeito à alimentação infantil, a mais notável reviravolta recente envolve o problema das alergias.
Até cinco anos atrás, a Academia Americana de Pediatria e a Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia recomendavam aos pais que observassem, com atenção redobrada, a introdução de alimentos com maior probabilidade de causar reações alérgicas, sugerindo que evitassem o leite de vaca até que a criança completasse um ano, que não servissem ovos antes dos dois anos nem qualquer coisa que contivesse amendoim até os três.
Ampliar"Hoje acreditamos que essa ideia estava equivocada e que talvez devêssemos voltar a investir na ideia contrária: a de que é melhor introduzir esses alimentos antes, quando o corpo tem mais tendência a ser tolerante", declarou."Pensava-se que expor o bebê a esses alimentos no início da vida o tornaria mais propenso a se tornar alérgico", disse Amal H. Assa'ad, professora de pediatria do Hospital Infantil de Cincinnati. Mas os estudos epidemiológicos não confirmaram isso e algumas pesquisas mostraram que, na verdade, manter tais alimentos longe de mulheres grávidas e crianças pequenas pode surtir o efeito oposto.
Assa'ad fez parte de um grupo que compilou novas orientações para a alimentação de bebês, publicadas em janeiro no "The Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice". A mais importante orientação referente à prevenção da doença alérgica era a amamentação, mas os autores também concluíram que os alimentos altamente alergênicos –como leite de vaca, ovos e amendoim– podem ser introduzidos até mesmo para os bebês, embora não devam estar entre os primeiros alimentos sólidos a serem oferecidos a eles.
Isso não se aplica aos que já tiveram reações alérgicas ou que de alguma forma não estejam completamente saudáveis. Ainda assim, mesmo no caso de bebês saudáveis, as evidências estão longe de serem conclusivas atualmente.
"Ao pesquisarmos a literatura cuidadosamente, tivemos muitas dificuldades de encontrar evidências que provassem uma coisa ou outra", falou Assa'ad. "Estamos fazendo o melhor que podemos com as evidências disponíveis."
Talvez pareça que dar de comer a um bebê pequeno é a parte mais fácil e mais claramente previsível de ser pai ou mãe. Mas o fato de as orientações terem mudado ao longo do tempo ilustra a complexidade das decisões a serem tomadas. A estratégia geral de alimentação recomendada atualmente no caso de crianças sem problemas de saúde é equilibrar a exclusividade da amamentação nos primeiros seis meses com uma abordagem mais descontraída após esse período.
As próprias orientações vêm de uma mistura de ciência dura, sabedoria coletiva e senso comum. Elas realmente mudam com o tempo e, provavelmente, continuarão mudando. Não admira que os pais fiquem obcecados com o que entra e com o que sai. Os comitês de especialistas também ficam.
*Perri Klass é médica pediatra